Grandes contistas, grandes truques (parte VII)

Mais dos icebergs de Hemingway

Como dizia, a maneira de escrever de Ernest Hemingway tornou-se muito popular entre os amantes da narrativa curta. Agora exemplificamos um pouco melhor o que o autor quis nos mostrou ao comparar a elaboração de um conto com a visão de um iceberg.
Em muitos contos nos deparamos com a idéia de nada aconteceu ou de que o aconrteceu é insignificante. Ao nos depararmos com esta situação pensemos um poucos se não fomos nós que "passamos batidos", ou seja, não percebemos o que era verdadeiramente importante no texto. É desta maneira que Hemingway escreve. O leitor pensa estar diante de uma cena trivial, e se não prestar atenção às entrelinhas, não perceberá que toda a cena que viu/ leu é muito mais importante do que ele imaginava. Por exemplo, um conto pode simplesmente narrar uma conversa de bar sobre o calor que está fazendo, sobre o vestido de fulana que passou por perto, etc., deixando implícito o planejamento de um assassinato, o início de um romance proibido ou, como em "Colinas como elefantes brancos", do próprio Hemingway, a decisão sobre abortar uma criança indsejada.
Não sei se estou sendo muito claro a respeito, mas qualquer dúvida deixem comentários, terei prazer em responder. Oportunamente continuo nossa discussão. Boa tarde!

Wander Shirukaya escreve contos e pode ser encontrado aqui:
http://blogdoshirukaya.blogspot.com/
@shirukaya