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quinta-feira, 1 de julho de 2010

GRANDES CONTISTAS, GRANDES TRUQUES - Parte II – Poe e sua Filosofia da Composição

por Wander Shirukaya

(Imagem de Edgar Allan Poe)


Há quem diga que o “era uma vez” do conto moderno acontece quando um escritor romântico norte-americano chamado Edgar Allan Poe resolve escrever para um jornal uma série de três resenhas sobre os contos de outro grande escritor, Nathaniel Hawthorne. Nestas resenhas notamos pela primeira vez termos que logo se tornariam consagrados no meio dos estudos do conto, sendo todos estes amarrados no ensaio “A filosofia da composição” de Poe. Pois bem, neste ensaio, o contista descreve seu processo de criação durante o clássico poema “The Raven” (O corvo). Porém, apesar de construir uma série de avaliações sobre seu poema, Poe acabou ditando as normas que fariam o bom conto. Eis então que ficam conhecidos de vez os termos “brevidade” e “unidade”.
Um bom conto deve ser lido at one sitting (de uma só sentada). Poe queria mostrar com esta famosa frase que, numa leitura atenta, o leitor não deveria passar muito tempo lendo, isso faria com que a tensão criada pelo texto fosse dispersa pelos estímulos do ambiente ao seu redor. Textos curtíssimos também eram condenados, mas com jeito poderiam se tornar atraentes. Entretanto, um conto muito extenso, segundo suas avaliações, não podia ser extenso demais. Deste estudo surgiu a idéia da brevidade.
Quanto à unidade, infelizmente temos dúvidas até hoje, pois Poe não soube – ou não quis – explicitar o que seria esta unidade dentro da narrativa. É fato que mais próximo que chegamos dela é quando a tratamos como a idéia de que um conto deve ser conciso, tendo um único propósito, e seus elementos devem agir de forma a enfatizar o efeito único deste propósito. Não é uma coisa simples de se entender, mas mostraremos alguns exemplos logo mais.
Wander Shirukaya,
escreve contos e está aberto ao debate. Pode ser achado aqui:


9 comentários:

Talles Azigon disse...

Com o advento da modernidade o Gênio Edgar Allan Poe já adivinhava o gosto por estórias curtas e marcantes, este artigo é de vital importância a todos que escreve, e não só contos, estamos acompanhado

Peter Zoster disse...

olá.
logo que entrei no blog de vocês achei a proposta muito interessante. nós que gostamos da literatura e que gostamos de fazê-la precisamos destrinchar e criar espaços, pois hoje as coisas não são como antes. não são mais como nos tempos do meu queridíssimo edgar allan poe.

gostaria de agradecer MUITO as palavras. de verdade, obrigado! sempre que quiser estarei por aí.

mas gostei MUITO também de tomar conhecido por meio do Shirukaya, parabéns pelo ótimo texto!, do ensaio sobre composição de contos do Poe. Descobri esse autor ano passado, lendo suas "Histórias Extraordinárias" e muito fiquei inspirado pela sua atmosfera.

abraço

Marcio Rufino disse...

Parabéns pelo belíssimo blog,

Muito obrigado pela visita em meu blog e pelo convite a participar do Papéis on line que me conquistaram logo de cara. Já enviei alguns poemas com o meu perfil. Se quiserem posso enviar foto. Visitem o blog de meu grupo Pó de Poesia; http://po-de-poesia.blopgspot.com

Abrçs!!!

Movie Down disse...

Nem gosto de ler mas esse texto foi foda.

Unknown disse...

legal, gostei muito do post,
e parabens pelo blog, que é muito bom
beiijoos....depois da uama passadinha no meu '

Anônimo disse...

legal o seu texto
parabéns :D

abras

Anônimo disse...

Tudo sobre Poe é sempre bem vindo!! E espero mais em breve! =P
Valeú!!

Pablo Araújo disse...

Muito Bom o texto..
Parabens :D
Sucesso

Unknown disse...

Ele sempre teve uma forma única de escrever...
JOgava com a realidade e sua visão peculiar..
Gostei muito do artigo!
;D

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