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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Hormônio sonho chuvoso

Cai chuva, cai devagar,
antes o teu barulho do que
o silêncio de pensar.

Cai chuva, hoje carrasca,
tortura meus medos que
de novo uma sombra mata.

Cai chuva!
Como fogos de artifício cai,
exploda no piso!
Umedeça o meu vácuo ar,
acabe com o meu intencionalismo!

Eu queria sentir
com o pensamento,
mas pensar como o sentir.

Ser inocente ao enxergar,
ver nas trevas a luz que não brilha.

Viver um paradoxo!
E nele encontrar uma certeza.

Explodir junto com a chuva!
Me molhar com fogo cistralino
e entregar minha alma a um que.

Desejos! Com a chuva tudo some!
Cai chuva, cai.
Hoje minha irmã.
Fuja que o sol já chega,
mentindo uma guerra nuclear com beleza,
Fuja chuva, fuja! Mas fique comigo para o amanhã...

Vamos achar as respostas
de todas as inquietações humanas,
desvendar segredos que sonham
desfarçados de luz.

Cai mais, chuva cai!
Ela não me escuta,
e agora a vingança do sol aparece,
Sua luz me entristece piando no ar.

Uma melancolia me invade,
meu corpo se ajoelha,
cade o nada que na chuva nada?

Tudo se evaporou, mas eu ainda quero
pensar sentindo, escrever morrendo,
sentir pensando, morrer escrevendo.

Eu ainda sonho... A liberdade do nada,
Eu Livre no não ser.

Pedro Bravo,
http://www.fotosdepalavras.info/

1 comentários:

Adriana Antunes Polak disse...

...pensar sentindo, escrever morrendo,
sentir pensando, morrer escrevendo.

Maravilhoso!

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