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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Do Lado Errado da Cama

Ainda sonhando,
Levantei.
Caminhei no escuro.
Esbarrei na claridade.

Saindo pelo lado errado da cama,
Ainda amortecida,
Nem percebi que você não estava mais lá.
Nem notei que o frio que senti era sua falta.
Tropecei na luminosidade.

O lado errado da cama.
O lado errado dos fatos.
Teria eu imaginado você?
Apenas delírio meu?
Como poderia saber?
Não havia luz.

Uma paixão morta?
Seus olhos tão vívidos.
Um amor falso?
Não posso negar seu sorriso.
Por que não consigo esquecer a noite passada?
Insanidades de uma apaixonada que despertou na ausência
Do lado errado da cama.

Ontem povoou meus sonhos.
Cortejou-me como se me desejasse.
E o gosto de sua boca residindo no meu beijo.
O seu calor entorpeceu-me nas delícias de quem tanto me aventurei a amar.
Aos poucos você trouxe sentido aos meus dias,
Mas você ascendeu à luz,
E eu estava do lado errado da cama.

Pergunto-me:
O que estou fazendo aqui?
Abrindo meus olhos,
Maldita luminosidade diurna,
Adormeci com você noutra noite.
Mas você não.
Estou do lado errado da sua realidade.

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