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domingo, 10 de abril de 2011

Ser e espanto



Invade meus ouvidos a brisa,
e em mim tudo fica vago, sem vida.

Ela vem novamente, mas traz consigo
gotas mensageiras que anunciam
a chuva no distante.
E eu que era poeira, agora penso comigo:
hoje deixarei de ser errante.

Hoje é o que nunca foi,
hoje não haverá vertigens a me enganar,
hoje o céu será verdadeiro,
e a chuva vem e eu ligeiro esqueço de lembrar.

E depois que tudo passa,
do momento habitual ao de espanto,
eu me pergunto por hora,
se sou uma máquina que dos sustos, faz canto.

Se eu a for,
se eu, a flor,
não sei, não sei,
não sei o que sou 
tampouco o que
s
e
r.


Pedro Bravo,
@pedro_bravo

2 comentários:

Diogo Menezes disse...

Felicidade!

Acho que você deve gostar de poesias, dá uma olhada quando tiver um tempo.

http://sincerossuspiros.blogspot.com/

Camila F. disse...

gostei... adoro poesia... para mim e o mais lindo do mundo das letras!

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