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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Espelho d´agua




A água na bacia
é rasa
De espelho
na mão
Só a moldura

O aprendiz tenta
cruzar a imagem
Se contorce, Se imagina
No outro lado da piscina

Com um pé
Com a mão
Não saiu da bacia

O nadador na televisão
Entre fundo e superfície
O Reflexo da perfeição

Não mergulhou na sala
Não é trem de cinema
O Determinado determinismo
O fim da piscina conquistou

O nadador perguntou um dia
Espelho, espelho meu...
O que atrás do espelho havia?

Na plana sabedoria
Espelho respondeu
O fundo da piscina
Senhor meu

Narciso ganhou sete anos de azar.

Autor: Marcos Paulo Dambrós

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